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Pandemia favoreceu ensino remoto e aumentou desigualdade na Universidade

Há dois anos, as universidades do mundo inteiro se viram afetadas pela pandemia da covid-19, que as obrigou a aumentarem seus recursos digitais. Tal mudança teve um efeito perverso: aprofundou as diferenças entre as regiões, assim como a desigualdade entre os estudantes.

A covid-19, que causou o fechamento das universidades em março de 2020 na maioria dos países e a implementação do ensino à distância, e depois uma forma híbrida (entre presencial e remoto), teve “um impacto variado conforme as regiões e o nível de recursos”, com países da Europa e América do Norte “melhor [preparados] para fazer frente às perturbações”, diz também um relatório da Unesco publicado no início de 2021.

Nos EUA, a maioria dos estabelecimentos universitários ficou fechada de março de 2020 a agosto de 2021 por conta da pandemia, o que resultou em uma queda no número de matrículas, sobretudo de estudantes internacionais, cujo número de inscrições caiu 17% entre 2019 e 2021, segundo o centro de pesquisa National Student Clearinghouse.

“De forma geral, as universidades que tinham estudantes internacionais se viram muito impactadas pela digitalização”, resume Mathias Bouckaert, analista na OCDE e especialista em questões universitárias, citando como exemplos Reino Unido, Estados Unidos e Austrália.

Além disso, mesmo que o ensino à distância tenha funcionado bem em alguns países, como o Canadá, em outras regiões do mundo, como a África, a situação é completamente diferente.

No Quênia, o acesso à internet e a computadores é um dos principais problemas. “Estamos muito mal equipados”, conta Masibo Lumala, conferencista na Universidade Moi. “Temos competência para ensinar online, a maioria de nós tem formação para isso. Mas, onde estão as instalações?”, questiona.

Phylis Maina, estudante de odontologia na Universidade de Nairóbi, também critica a qualidade ruim da conexão de internet e lamenta que “as interações sociais entre professores e estudantes […] desapareceram”.

Nesse sentido, a pandemia não transformou apenas o formato do ensino, mas também a vida estudantil, o que tem repercussões psicológicas e ajuda a aumentar as desigualdades.

Fonte: Istoé

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