Glauber_Rocha
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O cineasta brasileiro Glauber Rocha

Glauber Rocha é não só o mais aclamado como o mais estudado cineasta brasileiro. Sua obra, em âmbito nacional e internacional, gerou uma fortuna crítica sem paralelo em nosso cinema. Um dos maiores expoentes de nossa cultura, Glauber, com seus filmes e suas intervenções polêmicas, é um ponto de inflexão quando se vislumbra no horizonte as questões desafiadoras de nossa filmografia.

Criador artístico genial, Glauber igualmente foi figura de proa no debate político e cultural Brasileiro entre as décadas de 1960 e 1970. Baiano de Vitória da Conquista, despontou precocemente e teve uma trajetória meteórica e fulgurante. Aos 18 anos realizou seu primeiro filme, o curta Pátio, em 1958, no qual enuncia sua proposta de cinema transgressivo e revolucionário.

A recepção desse primeiro curta na classe intelectual e a intensa atividade de crítico, polemista e ideólogo do movimento Cinema Novo o levaram a realizar em 1964 Deus e o diabo na terra do sol, que o projetou internacionalmente como um dos mais originais cineastas do mundo. A partir desse filme, Glauber seguiu um trajeto artístico polêmico e em rota de colisão com a ditadura militar no Brasil. Seu filme seguinte, Terra em transe, gerou enormes polêmicas, foi proibido e depois liberado pela ditadura e é um dos marcos do cinema político em todo o mundo.

A partir de 1971 ele passa a viver no exílio, numa vida errante entre Cuba, França e Itália. Nesse período ele filma pouco, passa a viver com dificuldades e retorna ao Brasil em 1976. Na sua volta, realiza A Idade da Terra, em 1980, um projeto ambicioso que lhe causou enorme frustração pois foi mal recebido no Festival de Veneza. Descontente e com problemas de saúde, ele não volta para o Brasil. Se estabelece em Portugal, onde passa seus últimos dias. Glauber morreu em 1981, aos 42 anos, e deixou como legado uma obra que é referência para cineastas no Brasil e no mundo. Para se ter ideia de sua ressonância no cinema em âmbito mundial, o aclamado diretor coreano Bong Joon-ho, do premiado Parasita, afirmou que Deus e o diabo no sol é “o filme que jamais saiu de sua cabeça e que fica de boca aberta sempre que o rever”.

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Criador e principal porta-voz do Cinema Novo, Glauber foi o realizador de filmes que inauguraram uma etapa no cinema e na cultura brasileiros, assim como um dos cineastas mais influentes na cinematografia mundial a partir dos anos 1960. E, neste livro, Humberto Silva nos apresenta as evidências concretas de uma parte importante da história de um cinema e de um país.

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