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Entre a Igreja Católica e o Estado

D. José Afonso de Moraes Torres foi um bispo que se notabilizou por ser o primeiro a tentar aplicar medidas ultramontanas (isto é, um uma ortodoxia católica) na Amazônia.

Natural do Rio de Janeiro, José Afonso, por indicação do governo imperial, chegou ao Pará em 1844, e ficou sob a direção do bispado até 1857. Mesmo com a dificuldade das grandes distâncias entre uma localidade e outra na diocese, o bispo elegeu alguns núcleos para executar sua campanha religiosa. Além de Belém, as cidades de Manaus (Comarca e Vigária geral do alto Amazonas), Óbidos (Comarca localizada no médio Amazonas) e Cametá (cidade nas margens do Tocantins paraense, principal frente de interiorização da ocupação e desbravamento do território) foram comtempladas com essa distinção.

Sua trajetória foi marcada por inúmeras dificuldades em tentar tocar em frente o projeto religioso. Logo de cara, ele teve que lidar com uma sociedade paraense ainda marcada pelas consequências materiais, sociais e mentais da guerra cabana. Em meio a esse cenário, o bispo buscou moralizar os clérigos presentes na diocese, além de promover a formação de novos sacerdotes. Entre os fiéis, as dificuldades não foram menores, afinal, seria muito difícil transformar a experiência religiosa de toda uma sociedade já habituada a vivenciar uma religiosidade popular cheia de festas, fogos de artifício, danças, folguedos populares, entre outros.

Na busca por obter êxito em sua missão, D. José Afonso se aventurou pelos campos da política, no qual conseguiu ser eleito por duas vezes como deputado. Nesse sentido, o bispo transitou entre o campo religioso e o político no intuito de alcançar sucesso em sua empreitada, ainda que se deparasse com as mais diversas dificuldades na diocese do Pará.

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A obra Entre a Igreja Católica e o Estado: D. José Afonso, o primeiro bispo ultramontano na Amazônia (1844-1857), de Allan Azevedo Andrade, aborda a relação entre Igreja e Estado a partir da figura do bispo D. José Afonso, considerando os caminhos trilhados por ele ao adentrar na esfera política e como isso o influenciou na afirmação da sua fidelidade à religiosidade. Organizado em três capítulos bem estruturados, o livro apresenta as origens e os desdobramentos do ultramontanismo por meio da relação entre Igreja e modernidade, além de descrever o projeto ultramontano liderado pelo bispo D. José Afonso e o seu papel enquanto figura religiosa e política na Amazônia.

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