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Conheça Thomas Paine

Thomas Paine foi ator, intérprete e testemunha de três situações revolucionárias, a Independência das Treze Colônias, de 1776, a agitação revolucionária vivida pela Inglaterra nos primeiros anos da década de 1790 e a Revolução Francesa de 1789. Segundo um dos inimigos políticos de Paine, o ex-presidente dos Estados Unidos, John Adams: “não conheço nenhum outro homem no mundo que tenha exercido maior influência nos últimos trinta anos do que Tom Paine”. Em vida, incorreu na hostilidade de três homens de posições díspares: William Pitt, Maximilien de Robespierre e George Washington – os dois primeiros o condenaram à morte, enquanto o terceiro absteve-se de tomar medidas para salvar-lhe a vida.
Sua defesa da independência dos Estados Unidos, o Senso Comum (1776), vendeu 150 mil exemplares num país composto por 400 mil letrados e, segundo Washington, operou uma inescapável transformação na mente dos colonos. Seu texto Os direitos do homem (1791-1792), a grande resposta às Reflexões sobre a Revolução em França (1790) do conservador Edmund Burke, foi a principal defesa da Revolução Francesa efetuada por um estrangeiro, tornando-se, segundo o historiador R. R. Palmer “o panfleto político mais amplamente conhecido, citado e bem-sucedido de todo o levante revolucionário internacional.” Sua Idade da Razão, cuja primeira parte foi publicada em 1794, é considerada a primeira crítica bíblica acessível ao homem comum– “Paine tornou democrática a pregação pela democracia”, nas palavras de Bertrand Russel. Por sua vez, o panfleto Justiça Agrária, publicado em 1797, constitui a primeira defesa da moderna ideia de uma renda básica para todos os cidadãos.
Visto como um radical nos Estados Unidos e como um “moderantista” por Robespierre, o fato é que “é difícil encaixar Paine em alguma categoria”, disse John Pocock, um dos maiores especialista em linguagem política moderna. Talvez exatamente por isso o pensamento de Paine seja ainda tão atual e fértil.

Texto: @danielgomesdecarvalho

Confira abaixo um livro do catálogo da Paco Editorial sobre o tema:

O panfleto Justiça Agrária foi escrito por Thomas Paine (1737-1809) no inverno de 1795-1796. O texto foi redigido durante a Revolução Francesa, enquanto o autor, recém-saído das prisões jacobinas, residia na casa do ministro e futuro presidente dos Estados Unidos, James Monroe (1758-1831). Justiça Agrária representa o maior grau de radicalidade da reflexão de Paine sobre a pobreza, e expõe uma ousada proposta de diminuição das desigualdades sociais e da pobreza, que foi apresentada ao Diretório da Revolução Francesa. Paina buscava distanciar-se tanto das propostas de caridade do liberal conservador Edmund Burke e do liberalismo irredutível dos girondinos quanto das ideias de Reforma Agrária e de propriedade comunal de Graco Babeuf. Nesse sentido, a principal contribuição de Agrarian Justice para o pensamento social é ser ela uma fonte de inspiração e reflexão para o tema da “Renda Básica”, hoje amplamente discutido por economistas e cientistas sociais. Por isso, muitos autores enxergam em Justiça Agrária uma das fontes do que hoje é o pensamento socialdemocrata ou o liberalismo social.

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