Atualmente temos um poder nas unidades prisionais, onde tudo tem um preço, existe um condigo de conduta interno criado por grupos com poder de comando onde o estado não tem controle perante o sistema das facções criminosas, a superlotação faz com que milhares de presos tenham seus direitos violados, mulheres sendo esquecidas pelos seus companheiros.
As facções criminosas que se instalaram nos presídios no estado da Bahia é um dos maiores problemas do século relacionado com a segurança pública estadual, originando como consequência uma série de acontecimentos que coloca toda população na condição de refém de um terrorismo crescente e cada vez mais dramático. Ficando a população no meio de uma verdadeira queda de braço entre líderes de facções e autoridades.
Na obra Sistema Prisional Baiano fala da realidade sobre celas lotadas, escuras, sujas, e pouco ventilada. Racionamento de água, comida azeda, e pequena quantidade para o interno sobreviver, infestação de ratos e barata. Dificuldade para atendimento médico. Presos com Covid–19 dividindo espaço com presos sem sintomas, esse é o retrato do sistema penitenciário brasileiro.
Quase todas unidades estão superlotadas grupos organizados recrutando pessoas, rebeliões é apenas o reflexo de um caldeirão humano preste a explodir, o programa de ressocialização existe, porém atende a menos que 20% da massa carcerária.
Pessoas sofrem nos dias de visita comum e intima, ambiente insalubre, crianças separadas das mães, o estado não atende as necessidades mínimas que a lei de execução penal manda, grupos organizados com poder financeiro compram pessoas, objetos proibidos são encontrados diariamente em todas unidades como, drogas, armas, dinheiro. O poder paralelo ganha força dentro das unidades prisionais do estado com a sua própria vigilância/segurança sem nenhuma dificuldade ordena atos e comanda atividades dentro e fora das prisões.
Texto de Carlos Clovis Gomes Neto
Confira abaixo a obra de Carlos Clovis, disponível no catálogo de nossa Loja Virtual:

A obra Sistema prisional baiano: e o poder paralelo das facções, vidas excluídas e direitos violados trata das mazelas experimentadas pelos encarcerados nas unidades prisionais, abordando a forma como os direitos de milhares de presos estão sendo violados e como o Estado se distancia das organizações criminosas. Organizado em dezesseis capítulos, o livro apresenta, por meio de entrevistas com internos e colaboradores do sistema prisional, a realidade vivenciada por encarcerados frente às condições degradantes do cárcere, bem como apresenta o controle que as facções criminosas exercem nessas unidades.
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