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Oxente, Dia do Nordestino!

J.BORGES

Em 8 de outubro é comemorado o Dia do Nordestino. A data foi oficializada em 2009 (lei nº 14.952) no centenário do poeta popular, compositor e cantor cearense, Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré (1909 – 2002). A data tem como objetivo enaltecer a cultura dos estados da região nordeste e combater a xenofobia.
O nordeste brasileiro é composto pelos seguintes estados: Maranhão, Alagoas, Bahia, Ceará, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. A região também é berço de grandes intelectuais brasileiros, movimentos políticos, musicais e culturais

‘’Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará’’
Patativa do Assaré

Listamos autores e autoras das regiões do nordeste:       

Ferreira Gullar, cujo o nome de certidão era José Ribamar Ferreira, nasceu em São Luís, Maranhão, 10 de setembro de 1930 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 4 de dezembro de 2016. Foi um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro. Sétimo ocupante da cadeira nº 37, eleito em 9 de outubro de 2014.


Maria Firmina dos Reis, nasceu em São Luís, Maranhão, 11 de março de 1822 e morreu 11 de novembro de 1917 com 95 anos. Foi uma escritora da época, considerada a primeira romancista negra brasileira. Também foi professora e musicista. Sua obra consiste em uma novela indianista chamada Gupeva (1861), o livro de poesias Cantos à beira-mar (1871), o conto A escrava (1887), além de composições musicais. Seu livro mais conhecido é Úrsula, romance abolicionista de 1859.


Patativa do Assaré, nasceu na cidade em 5 de março de 1909, Assaré, Ceará. Morreu em 8 de julho de 2002 na mesma cidade. Foi poeta e repentista brasileiro, um dos principais representantes da arte popular nordestina do século XX. Com uma linguagem simples, porém poética, retratava a vida sofrida e árida do povo do sertão. Projetou-se nacionalmente com o poema “Triste Partida” em 1964, musicado e gravado por Luiz Gonzaga. Seus livros, traduzidos em vários idiomas, foram tema de estudos na Sorbonne, na cadeira de Literatura Popular Universal.

Reprodução/Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza, Ceará em 17 de novembro de 1910, e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 4 de novembro de 2003. Primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, ocupante da Cadeira 5, eleita em 4 de agosto de 1977. Foi membro do Conselho Federal de Cultura, desde a sua fundação, em 1967, até sua extinção, em 1989. Participou da 21ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em 1966, onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos Direitos do Homem. Em 1988, iniciou sua colaboração semanal no jornal O Estado de São Paulo e no Diário de Pernambuco.


Nísia Floresta, nasceu em 2 de outubro de 1810, Dionísia Gonçalves Pinto, que adotou o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta, precursora de ideais feministas no Brasil em textos publicados em jornais, na cidade potiguar de Papari, Rio Grande do Norte, que hoje leva o nome da escritora.

Jorge Amado, foi jornalista, romancista político e memorialista. Nasceu em Itabuna, Bahia no dia 10 de agosto de 1912 e faleceu no dia 06 de agosto de 2001 em Salvador, BA. Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Estado de São Paulo, tendo participado da Assembleia Constituinte de 1946 (pelo Partido Comunista Brasileiro) e da primeira Câmara Federal após o Estado Novo, sendo responsável por várias leis que beneficiaram a cultura. Viajou pelo mundo todo. Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941-1942), em Paris (1948-1950) e em Praga (1951-1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais de seus livros. Recebeu no estrangeiro os seguintes prêmios: Prêmio Internacional Lênin (Moscou, 1951); Prêmio da Latinidade (Paris, 1971); Prêmio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prêmio Risit d’Aur (Udine, Itália, 1984); Prêmio Moinho, Itália (1984); Prêmio Dimitrof de Literatura, Sofia – Bulgária (1986); Prêmio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscou (1989); Prêmio Mundial Cino Del Duca, da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prêmio Camões (1995).

Graciliano Ramos, nasceu no dia em 27 de outubro de 1892 em Quebrangulo, município de Alagoas, faleceu o Rio de Janeiro, 20 de março de 1953. Foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por sua obra Vidas Secas (1938).

Ariano Suassuna, nasceu na cidade em Nossa Senhora das Neves, hoje João Pessoa, Paraíba em 16 de junho de 1927, faleceu no 23 de julho de 2014 em Recife. Foi poeta, romancista, ensaísta, dramaturgo, professor e advogado. Em 1989, foi eleito para a cadeira n.º 32 da Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi eleito para a cadeira n.º 18 da Academia Pernambucana de Letra e em 2000, ocupou a cadeira n.º 35 da Academia Paraibana de Letras.

Reprodução/Ariano Suassuna

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