Autor: Prof. Dr. Marcos Rogério Martins Costa
Revisado por: Grabrielle Fontes
Para um Trabalho de Conclusão de Curso são necessários muitos cuidados principalmente com o que vai escrever.
Você sabia que o termo “bom” e o termo “mau” não devem ser utilizados?
Como assim, Prof. Marcos? Como não pode?
Se algum professor seu não te falou ainda isso e outras coisinhas básicas, preste bem atenção nesta postagem.
Os adjetivos “bom” e “mau” fazem alusão ao que você acredita que sejam bom ou mau, ou seja, cada pessoa tem a sua percepção e o que é bom para você pode não ser bom para outra pessoa e vice e versa.
Essas palavras se caracterizam como juízo de valor e isso é o avesso do racionalismo científico, onde não devemos achar nada de acordo com a nossa opinião e sim de acordo com fatos comprovados por testes, métodos e fundamentos teóricos.
A segunda dica é: não procrastine! Nunca! Nunca mesmo!
A procrastinação é inimiga da ação, não deixe que nada te tire do foco. Se você estiver estudando e pesquisando pela internet e de repente deu vontade de assistir um vídeo da Galinha Pintadinha? Não vá assistir, é uma cilada do inimigo para você se desviar do seu TCC. Por favor, né?
A terceira dica é não economize nas leituras ok? E só vou falar mais uma coisa a respeito disso. Bons leitores são bons escritores. Ótimos leitores são ótimos escritores. Ponto final!
A quarta dica é nunca deixe para formatar o seu trabalho nas regras da ABNT no dia anterior ao da impressão ou da apresentação, pode demorar muito mais do que você imagina e acarretar prejuízos no seu prazo. Assim que for construindo vá formatando e no final só revise.
A quinta dica é evite generalizar demais os assuntos, busque dados plausíveis e exagere nos fatos que sejam conclusivos a partir de casos específicos. Falar no geral sobre qualquer assunto é ótimo para um bate papo qualquer, mas no seu TCC é necessário que você tenha critérios para embasar qualquer temática. Seja claro e direto, não faça rodeios. Tanto na vida quanto no TCC, é necessário que você saiba exatamente aonde quer chegar.
Ah! A sexta dica é muito importante. Nunca coloque no seu texto algo que você não possa explicar. Como você vai citar algo se não sabe do que se trata e muito menos como falar para o leitor? Se quem escreveu não compreende, imagine as outras pessoas? Essa é uma questão óbvia. Mas, se for algo que tem que ter no seu trabalho, estude e domine bastante o assunto para discorrer sobre ele de forma clara e objetiva.
Agora veja bem, alguns dos meus alunos acham que escrever um TCC é como se pudéssemos pegar vários pedaços de artigos e transformar em um só. Pelo amor de Deus! Não é isso e não pode nunca ficar pegando uma coisa de cada autor e colocar sem fundamento. Por isso, minha sétima dica é que todo texto precisa ter coerência e coesão. Um texto não é uma colcha de retalhos, ou melhor, de citações. Coloque na sua cabeça que no momento de escrever, o menos com conteúdo vale muito mais do que o mais com pensamentos soltos. Faça uma linha de pensamento com começo, meio e fim.
A oitava dica é não fique só com duas opiniões de apenas dois autores. Não as transforme como verdades absolutas antes de investigar a opinião de outros. Às vezes algum deles apresenta uma visão totalmente diferente da questão e que te faz duvidar mais sobre as suas convicções. Considero que aquilo que nos faz questionar é algo a ser levado muito a sério, porque é da dúvida que nasce a solução.
Uma coisa que sempre falo também e é um fator crucial no desenvolvimento do seu TCC é o que fundamenta essa minha nona dica. Não confie no funcionamento do seu computador ou notebook em hipótese nenhuma. São máquinas que auxiliam as nossas vidas, mas que podem ser traiçoeiras e pifar a qualquer momento e fazer você perder tudo. Seria um desastre e para evitá-lo salve várias cópias em Pen drives, HDs externos, e-mails e em computadores de pessoas de confiança. O cuidadoso nunca toma sustos.
Sobre o autor Prof. Dr. Marcos Rogério Martins Costa:
Doutor e Mestre em Letras pelo programa de pós-graduação em Semiótica e Linguística geral da FFLCH-USP; Graduação em Letras (bacharelado e licenciatura), nas habilitações de Português e Linguística pela Universidade de São Paulo. É atualmente Professor Substituto no Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB) e Revisor de ABNT da Universidade Aberta do Brasil, lotado no Centro de Educação a Distância da UnB. Membro da Academia Contemporânea de Letras (ACL), ocupando a cadeira 21, cujo patrono é Érico Veríssimo e do Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo – GEL, desde 2010. Possui experiência em Língua Portuguesa, Linguística Geral, Semiótica, Análise do Discurso (AD-Francesa) e Estudos do Círculo de Bakhtin. Suas outras áreas de interesse são Ciências da Linguagem, Modelos de Ensino e Aprendizagem e Novas Mídias.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4627-9989
C.V. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1948149291517472