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Unicamp faz parceria para pesquisas de biocombustíveis e biogás

Em uma parceria com a Unicamp, a Shell investirá cerca de R$ 6,1 milhões na instalação de uma planta piloto para processamento de biomassa e produção de biohitano, um biogás enriquecido com hidrogênio, de maior potencial energético. As pesquisas serão conduzidas pelo Laboratório de Genômica e bioEnergia (LGE), do Instituto de Biologia (IB), e pela Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp.

O acordo da parceria para pesquisas na área de biocombustíveis e biogás foi firmado na semana passada. Por determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), as empresas do setor devem investir parte de seus recursos em pesquisas de desenvolvimento tecnológico realizadas por universidades.

Segundo Alexandre Breda, gerente de tecnologias de baixo carbono da Shell, a empresa tem como meta zerar suas emissões de carbono até 2050, o que depende de tecnologias voltadas ao uso de biocombustíveis.

As pesquisas irão se concentrar na instalação de uma planta piloto de processamento de biomassa para produção do biohitano e na exploração da biomassa do Agave (planta do tipo suculenta usada como adoçante, para produção de tequila e erva medicinal) para obtenção de biocombustíveis e biogás. O biohitano é um biogás obtido a partir de processos de digestão anaeróbia em que há uma concentração maior de hidrogênio em comparação com o metano.

“Por conter cerca de 30% a mais de hidrogênio, o biohitano tem o dobro do potencial energético. Um litro dele tem quase o dobro de energia do biometano. Quando enriquecido pelo hidrogênio, é um gás extremamente energético”, explica Gonçalo Pereira, coordenador do LGE. O produto tem grande valor para a indústria petroquímica, mas pesquisas na área são recentes.

Os pesquisadores também pretendem investigar o potencial da biomassa do Agave para produção de biocombustíveis. São necessários estudos a respeito dos processos bioquímicos envolvidos em sua digestão por microorganismos e da forma como sua biomassa pode ser processada para obtenção de energia.

Por ser uma espécie adaptada a regiões semi-áridas, o Agave é uma opção para o desenvolvimento de áreas como o sertão nordestino.

O reitor da Unicamp elogiou o caráter inovador do projeto e a sua conexão com as demandas do país. “O futuro da transição energética está em disputa hoje e precisamos entrar nessa corrida. Se tivermos a capacidade de criar tecnologias e ciência, vinculando nosso potencial às demandas sociais, poderemos ter uma grande relevância global”, pontua Antonio Meirelles.

Fonte: Hora Campinas

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