Doenças cardiovasculares e o pós-operatório: a importância de sempre cuidar do coração
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Doenças cardiovasculares e o pós-operatório: a importância de sempre cuidar do coração

O coração é um órgão muscular que, por meio da sua contração, garante o bombeamento do sangue para as diferentes partes do corpo. A chegada de nutrientes e oxigênio para todas as células depende do bombeamento do sangue, o qual também é responsável por levar os resíduos do metabolismo até os locais adequados para sua eliminação.

Esse órgão vital tem suma importância para todo o funcionamento de um organismo, mas infelizmente há muitos que não dão a devida atenção para ele. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), quando se trata das principais causas de morte no mundo, as doenças cardiovasculares – grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos – lideram. 

Segundo o levantamento da World Heart Federation (WHF), as doenças do aparelho circulatório matam 17,5 milhões de pessoas, todo o ano, no mundo. Já no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, esta é a principal causa de mortalidade da população, representando 31,5% dos óbitos. Por conta da necessidade de alertar as pessoas sobre as doenças cardiovasculares, a WHF criou, em 2000, o Dia do Coração. Essa data tem como intuito conscientizar a respeito da importância de ter-se hábitos de vida adequados; e mostrar como uma vida saudável pode ser a chave para a garantia da saúde do coração.

A doença cardiovascular no Brasil

De acordo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares, afecções do coração e da circulação, representam a principal causa de mortes no Brasil, contabilizando, com base no último levantamento feito pelo Datasus, departamento de informática do SUS (Sistema Único de Saúde), em 2018, o óbito cerca de 350 mil pessoas a cada ano no país. Destas, as mais comuns são as arteriais, cerebrovasculares e hipertensivas, além do infarto agudo do miocárdio.

No Brasil, segundo a SBC, as doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, 2,3 vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), 3 vezes mais que as doenças respiratórias e 6,5 vezes mais que todas as infecções incluindo a AIDS.

Cardiometro da SBC

A Sociedade Brasileira de Cardiologia criou um site chamado Cardiometro, que contém um indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil (por ano, mês e hora) a fim de acompanhar constantemente o crescimento de óbitos pela doença, e, também, como forma de conscientizar quem acessa o site sobre o assunto. De acordo com o site Cardiometro, a SBC estima que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação, e também afirma que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. Segundo o doutor em cirurgia cardiovascular, autor e membro de renomadas sociedades nacionais e internacionais com diversas publicações científicas ligadas ao ensino, assistência e pesquisa na área cardiovascular, Marco Antônio Volpe, “é muito importante falarmos sobre esse assunto, principalmente pelas doenças cardiovasculares representarem a principal causa de mortalidade no país e no mundo, pois assim podemos reverter essa situação a partir do alerta, da prevenção e do tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares”.

Alertas, como prevenir e cuidar

As doenças cardiovasculares podem não apresentar nenhum sintoma, por muito tempo, ou apresentar sintomas vagos e comuns a outras doenças como dor de cabeça, tonteira, cansaço, enjôos, falta de ar e desconforto no peito.

É importante ressaltar que todas essas manifestações do corpo servem como alerta de que algo está errado e que está na hora de procurar a assistência de um médico. Além de sintomas comuns a outras doenças, o corpo de uma pessoa com problemas cardíacos pode também se manifestar por meio de fadiga ou esgotamento, falta de apetite e náuseas, perda de consciência ou desmaios, dor no maxilar e no pescoço, inchaço de pés e pernas, tosse noturna, suor frio ou sudorese intensa, sangramento, ferida ou inchaço nas gengivas, entre outros. 

Antes mesmo de sentirmos algum sintoma é necessário que tomemos cuidado com nossa saúde cardíaca. “Manter hábitos saudáveis é um dos principais caminhos para prevenir as doenças relacionadas ao coração” afirma Volpe. Esses males podem ser evitados ou amenizados se seguirmos as recomendações na imagem a seguir.

Informações coletadas no site da Sociedade Brasileira de Cardiologia

Mas como evitar o sedentarismo e manter uma alimentação saudável estando em isolamento social? 

O doutor em cirurgia cardiovascular afirma que mesmo estando em situação de isolamento por conta pandemia COVID-19, não se deve deixar de fazer exercícios e ter uma alimentação saudável. “Faça uma caminhada ao ar livre em um terreno plano, de preferência em um lugar onde o sol não está tão quente e que você possa fazer um exercício aeróbico de intensidade média a moderada, isso é perfeitamente possível com o uso de máscara e distanciamento”, orienta.

Volpe também ressalta a importância das pessoas não descontinuem tratamentos médicos por medo de contrair Covid-19 ao ir a clínicas, laboratórios e hospitais; e que é indispensável a procura por um médico caso haja sintomas que podem indicar uma doença cardiovascular. O doutor afirma que nesse período que havia toda uma restrição em relação ao Corona Vírus, as pessoas com medo não procuravam ou procuravam em uma situação já muito avançada o auxílio médico, e, com isso, aumentou a incidência de infarto e de óbito por infarto. “Hoje, a maioria das instituições já tem um protocolo de atendimento do Covid com separação de setores e fluxos direcionados para evitar o contato com o vírus, você negligenciar um sintoma cardiológico, uma dor, uma arritmia ou alguma coisa que te faça te sentir mal com medo do Covid, é se colocar sob risco de acabar morrendo por alguma complicação cardiovascular”, diz Volpe.

Passei por uma cirurgia cardíaca… E agora?

Às vezes é necessário se submeter a uma cirurgia cardíaca para conseguir futuramente voltar a ter uma qualidade de vida, porém a recuperação após esse tipo de procedimento cirúrgico é lenta, e é preciso seguir algumas orientações, como as descritas na imagem, a seguir para garantir o sucesso do tratamento.

Informações coletadas no site Tua Saúde

Com o intuito de orientar e dar recomendações valiosas para o pós-cirúrgico, o doutor em cirurgia cardiovascular, Marco Antônio Volpe, escreveu o livro “No caminho certo após uma cirurgia cardíaca: Um guia completo com orientações e recomendações para o pós-operatório”, publicado pela Paco Editorial.

No período pós-operatório o paciente normalmente está cheio de incisões e às vezes pode estar sentindo dores, pensando nisso, Volpe desenvolveu um livro que é composto por um texto leve e explicativo juntamente com ilustrações que, segundo o autor, “trazem algo lúdico ao livro e chamam a atenção do paciente, por serem engraçadas ou por serem interessantes, fazendo como que ele tenha a vontade de ler o texto ligado a gravura”.

O evento de lançamento do livro ocorrerá na Livraria Martins Fontes Paulista.

Endereço: Av.Paulista, 509 – Cerqueira Cesar, no dia 11 de dezembro das 17 às 20.

Livro: “No caminho certo após uma cirurgia cardíaca: Um guia completo com orientações e recomendações para o pós-operatório”

Imagem do livro: “No caminho certo após uma cirurgia cardíaca: Um guia completo com orientações e recomendações para o pós-operatório”

Sinopse: O período pós-operatório é um dos mais importantes na recuperação de uma cirurgia cardíaca. Após a alta hospitalar, já em seu domicílio, surgem situações e dúvidas que podem comprometer a boa evolução bem como colocar em risco a vida dos pacientes. Nesta obra, Dr. Marco Antônio Volpe utiliza sua experiência para trazer de forma simples e lúdica as principais orientações para esse período. Tendo o cuidado de utilizar textos curtos, em linguagem acessível e relacionados a charges ilustrativas dos diferentes cenários, o autor conseguiu compor um guia de grande valor para pacientes e seus familiares seguirem no caminho certo rumo a uma ótima recuperação.

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Sobre o autor:

Fotografia do autor do livro, Marco Antônio Volpe

Marco Antônio Volpe

Doutor em cirurgia cardiovascular.

Professor da disciplina de Cirurgia Torácicana Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Membro de renomadas sociedades nacionais e internacionais com diversas publicações científicas ligadas ao ensino, assistência e pesquisa na área cardiovascular.

Fundada em 2009, é uma editora voltada para a publicação de conteúdos científicos de pesquisadores; conteúdos acadêmicos, como teses, dissertações, grupos de estudo e coletâneas organizadas, além de publicar também conteúdo técnico para dar suporte à atuação de profissionais de diversas áreas.

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