O vocábulo “cujo” é muito rico e ajuda a gerar uma construção muito interessante, geralmente encontramos em produções escritas. O motivo para isso é que apesar de belo, o pronome relativo é pouco usado hoje e, embora não tenha entrado em desuso, aparece pouquíssimas vezes no dia a dia.
Pode ser que você goste do efeito mas não saiba muito bem como empregar sem cometer erros gramaticais. Porém, é muito mais fácil do que parece, por isso trouxemos dicas para aproveitar esse termo sem problemas ou dúvidas. Continue a leitura e saiba mais!
“Cujo” traz a ideia de posse
A palavra é classificada como pronome relativo e tem objetivo de trazer uma ideia de posse. Veja o exemplo:
“O ator cujas polêmicas estão em alta é muito jovem.”
As polêmicas aqui pertencem ao ator, que por sua vez, é muito jovem. O pronome relativo “cujo”, portanto, sempre vai aparecer entre os termos de natureza substantiva.
Veja outro exemplo:
“O filme cujo vilão matou milhões de inocentes.”
Nessa construção temos o conceito de que o vilão matou milhões de inocentes, além da informação de que o filme é desse vilão. Um filme em questão possui um vilão e ele foi responsável por matar milhões de inocentes.
O pronome precisa concordar com o termo posterior
Nos exemplos acima o pronome “cujo” concorda com os termos “polêmicas” e “vilão”, respectivamente. Então, para não errar na concordância, tenha em mente duas informações. A primeira é que o pronome relativo tem objetivo de retomar o termo anterior, nesses casos “ator” e “filme”.
Em segundo lugar, precisa concordar com o termo seguinte. Seguindo esse raciocínio você consegue empregar o pronome sem comprometer a concordância da construção.
Não precisa utilizar artigo após “cujo”
Outro ponto que merece atenção na hora de empregar esse termo é que ele não precisa do acompanhamento de um artigo em nenhuma ocasião. Por isso, estariam gramaticalmente incorretas as expressões “O ator cujas as polêmicas” ou “O filme cujo o vilão”.
O pronome cujo pode vir antecedido por uma preposição
A última questão que deve ser analisada é a presença de preposição antes do pronome, o que pode acontecer sem erro gramatical. Veja no exemplo:
“O médico em cujas ações confiamos não chegou na hora.”
Como dissemos antes, o pronome concorda com o termo posterior, então nesse caso é preciso uso da preposição para ajudar na concordância, por conta da construção o “médico em cujas ações confiamos” que está dentro da frase.
Essas foram as dicas de português para você que deseja e precisa usar o pronome relativo “cujo” mas ainda não sabia como. Tire suas dúvidas e treine diferentes construções com base nos pontos que trouxemos aqui, analise se há erros gramaticais e corrija.
Se esse tipo de pronome chama a sua atenção, passe a treinar seu uso até se habituar às regras gramaticais em torno dele. Outra dica é procurar o termo em textos literários, músicas e outros recursos para que você analise. Com o tempo será naturalizado em suas construções escritas ou orais, trazendo efeito rico que mencionamos lá no início do artigo.
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