Éverly Pegoraro, organizadora da obra “Cultura da memória: estratégias e potências no contemporâneo”, te convida para enviar uma proposta de capítulo!
O culto ao passado ganha um espaço privilegiado no contexto contemporâneo. Arquitetura, mobiliário, moda, arte, literatura, mídia e experiências de entretenimento parecem ter se rendido ao retrô. Em produtos midiáticos, há novelas, séries, minisséries, filmes, relatos biográficos, autobiográficos e testemunhais, streamings e canais televisivos destinados unicamente a representar e/ou ressignificar diferentes temporalidades, impulsionando grupos de discussão em redes sociais e até mesmo culturas urbanas que investem subjetivações e afetividades nas épocas que mais lhe agradam. Como diagnosticou Andreas Huyssen, parece que há uma obsessão por tudo lembrar e nada esquecer. Ou, como argumenta Hans Ulrich Gumbrecht, são tentativas de presentificar o passado. De um lado, há a avalanche informacional, potencializada pela cultura tecnológica, que impulsiona formas de se relacionar com temporalidades e produzir memória. De outro, a própria memória cultural que se desdobra em diversificadas narrativas e estéticas, como explica Aleida Assmann.
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