PACO EDITORIAL - ORIGEM DO NATAL
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A Origem do Natal


O Natal é conhecido, atualmente, como um período para celebrações, troca de presentes e jantares com a família. Porém, sua origem é completamente diferente, remetendo a fatores históricos que envolvem desde o poderoso Império Romano até rituais pagãos.


Embora muitas pessoas também aproveitem a data para comemorar o nascimento de Jesus, a análise de determinados fragmentos dos Evangelhos, assim como de outros documentos da época, permitem que historiadores e estudiosos levantes as mais variadas hipóteses sobre o tema, excluindo, quase que totalmente, a possibilidade de que Cristo tenha nascido no mês de dezembro.

Mas, qual seria a real origem do Natal? Quais as principais histórias e lendas envolvendo tal festividade? Se você quer descobrir a resposta para essas perguntas, basta continuar conosco até o final deste artigo.


O Natal e os romanos

Tudo começou no Império Romano, onde o povo estava acostumado a celebrar a “Saturnália”, festa que acontecia em dezembro, durava sete dias e homenageava o deus Saturno (equivalente ao deus grego Cronos), divindade responsável pela agricultura.

Na época, por volta de 350 d.C., o Papa Júlio I solicitou aos responsáveis pela Igreja Católica que o nascimento do menino Jesus fosse comemorado na mesma data, com o objetivo de converter os romanos ao cristianismo com maior facilidade.

Após alguns anos, já em 354 d.C., seu sucessor, o Papa Libério, tornou tal pedido realidade. O primeiro registro de um banquete voltado à festa cristã data de 379 d.C., em Constantinopla.


Uma origem pagã

Conhecida como Yule, a festividade em celebração do solstício de inverno era realizada todos os anos pelos povos germânicos pagãos, incluindo os vikings. Ao todo, a festa durava doze dias, sendo dedicada a familiares e amigos falecidos e à fertilidade, terminando por volta do dia 21 de dezembro.

Entre seus principais símbolos estão:

  • A cabra de Yule: de origem escandinava, o boneco em formato de cabra é feito de palha trançada e decora as casas até os dias de hoje. As renas seriam, portanto, suas correspondentes natalinas;
  • Javali de Yule: a carne oficial do Natal escandinavo;
  • Yule singing: consistia no ato de percorrer a cidade com cânticos alegres. A tradição permanece, porém, trocando as velhas letras pagãs pelos hinos natalinos;
  • Yggdrasil: árvore perene colocada em todas as casas. Simboliza a árvore da vida na mitologia nórdica e é a possível precursora dos atuais pinheiros de Natal;
  • Vigília noturna: amigos e familiares costumavam se reunir na última noite de comemorações, acendendo uma vela e passando momentos descontraídos na companhia uns dos outros. Logo, essa seria a origem da famosa ceia de Natal.

Celebração ou pesar?

Na época das primeiras comemorações cristãs, muitos fiéis se recusaram a adotar uma postura festiva para a data, afirmando que 25 de dezembro era um dia religioso e de reflexão, não de festa. O mesmo discurso também ocorreu após a Reforma Protestante, no século XVI, quando muitas pessoas se opuseram às celebrações do Natal.

Outro fenômeno interessante ocorreu nas colônias americanas, onde puritanos, quakers (grupos religiosos com origem em um movimento protestante britânico do século XVII), batistas e presbiterianos também decidiram ignorar a festa, enquanto anglicanos, luteranos e católicos faziam questão de mantê-la viva.

Por fim, o Natal se solidificou na América apenas no século XIX, graças aos cultos natalinos introduzidos nas escolas dominicais e ao famoso romance “A Christmas Carol” (Um Conto de Natal), que popularizou o feriado como um evento alegre e familiar.


Coca-Cola e o Natal: a história por trás da lenda da criação do Papai Noel

Uma das primeiras ilustrações do Papai Noel surgiu em 1862, quando Thomas Nast, cartunista americano, desenhou para a revista Harper’s Weekly um pequeno e simpático elfo apoiando, durante o Natal, os soldados que estavam na Guerra da Secessão.

Essa seria, aliás, a primeira imagem do “bom velhinho” como conhecemos hoje. Também foi a partir dessa publicação que nasceu a ideia de que o mesmo possuía uma oficina de brinquedos e que seria necessário escrever cartas para pedir o tão esperado presente.

Já na década de 1930, a gigante The Coca-Cola Company sofreu uma queda significativa nas vendas. O motivo? A mudança da fórmula de seu famoso refrigerante, que passou a ser produzido com cafeína ao invés de folha de coca, e da economia, que decaiu consideravelmente durante a Grande Depressão.

Logo, para recuperar o prejuízo, a diretoria da marca decidiu mudar seu marketing, transformando o que era até então uma bebida apenas para adultos, em um produto para a família toda.

Assim, o artista sueco Haddon Sundblom foi contratado para criar uma ilustração em que um homem sorridente e com largo sorriso convidava as pessoas a comprarem Coca-Cola. Esse, obviamente, não era exatamente o Papai Noel de Thomas Nast, entretanto, o desenho serviu para que os consumidores criassem uma associação entre os dois personagens.

Portanto, embora não seja uma invenção da marca, uma boa parte da popularidade do Papai Noel em todo o mundo se deve às campanhas publicitárias do refrigerante.

E você? Conhecia a origem do Natal? Que tal compartilhar este texto com seus amigos?

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