Bruno Rafael De Albuquerque Gaudêncio, organizador da obra “A Invenção Do Cavaleiro Da Esperança – Políticas Da Memória Na Construção Biográfica De Luiz Carlos Prestes (1945-2015)”, fala sobre sua obra recentemente lançada pela Paco Editorial.
Resultado de uma tese de doutorado defendida em 2021, em História Social, na renomada Universidade de São Paulo (USP), A invenção do Cavaleiro da Esperança: políticas da memória na construção biográfica de Luiz Carlos Prestes (1945-2015) é da autoria do historiador Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio. O objetivo desta obra é analisar os limites e possibilidades das narrativas biográficas em relação à história, por meio do estudo da política da memória na construção das biografias de Luiz Carlos Prestes (1898-1990). Prestes foi um dos maiores ícones da história da esquerda brasileira, conhecido pela famosa marcha que leva seu nome, a Coluna Prestes, e por sua liderança como secretário geral do PCB nas décadas de 1930 a 1970. Dividido em quatro amplos capítulos, o livro concentra-se nos primeiros 50 anos de vida de Prestes (1898-1948) e compara quatro narrativas lançadas no Brasil entre os anos de 1945 e 2015. São elas: O Cavaleiro da Esperança: vida de Luís Carlos Prestes, do escritor Jorge Amado (1945); Heroísmo Trágico do Século XX: o destino de Luiz Carlos Prestes, do historiador Boris Koval (2007);Luís Carlos Prestes: um revolucionário entre dois mundos, do historiador Daniel Aarão Reis Filho (2014); e Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro", da historiadora Anita Leocadia Prestes (2015). Além da análise das narrativas, o livro explora o processo de negociação entre os biógrafos e os familiares de Prestes, examinando os impactos dessa relação no trabalho biográfico sobre o líder comunista. A pesquisa foi orientada pela professora doutora Ângela Meirelles de Oliveira.
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