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O arcaísmo na língua portuguesa

Se você acessar agora um jornal ou livro de várias décadas atrás, vai perceber que muitas palavras daquela época não são mais encontras nos textos atuais.

Recebe o nome de arcaísmo a utilização de vocábulos ou expressões que, agora, são consideradas ultrapassadas na linguagem em forma escrita ou oral.

Quer saber mais sobre o assunto? Confira esse artigo até o final e aprenda a evitar o uso indevido de termos antiquados que prejudicam sua comunicação.

Boa leitura!

É errado utilizar o arcaísmo?

É um erro fazer a utilização de termos que não integram mais a língua portuguesa. Esse recurso deixa a linguagem com uma cara mais envelhecida e, além disso, prejudica a comunicação entre pessoas de gerações diferentes.

A utilização dos pronomes “tu” e “vós”, de mesóclises (“contar-te-ia a verdade”) e de termos como “outrossim”, “aposentos”, “alcaide” e Vossa mercê” não devem mais ser empregados em discursos, diálogos e produções em escrito.

O arcaísmo revela falta de renovação na linguagem, pobreza no repertório de palavras e dificuldade em se adaptar às formas mais modernas de comunicação, como as redes sociais, em que esses termos não são utilizados.

A comunicação é democrática quando são empregadas expressões em conformidade com as relações sociais e culturais contemporâneas. Desta maneira, mais pessoas podem compreender o conteúdo de uma mensagem.

Caso se depare com uma palavra nunca vista, recorra ao dicionário, pois pode se tratar de um arcaísmo, assim é possível evitar equívocos em seu repertório.

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Há exceções no uso de arcaísmo?

Sim, pois toda regra precisa levar em conta um contexto específico. Obras de arte literárias, dramatúrgicas ou cinematográficas costumam fazer uso da “liberdade poética”, que as liberta das amarras da linguagem oficial de um país.

Com isso, é possível utilizar expressões e palavras arcaicas em poemas, livros, roteiros ou músicas. Esse recurso é comum em novelas brasileiras que retratam períodos antigos de País, quando esses termos eram bem frequentes.

O gênio da literatura brasileira Machado de Assim utilizava com maestria o arcaísmo para deixar seus textos mais rebuscados. Em seu clássico Dom Casmurro é possível encontrar palavras como “mocetão”, “alvitre” e “amofinar”.

Outros erros de linguagem

Além do arcaísmo, há outras formas de expressão que precisam ser evitadas na comunicação oral ou escrita. Uma delas é o barbarismo, que se refere a um erro na pronúncia ou redação de uma palavra como, por exemplo, “pobrema”.

Outro recurso que deve passar longe do idioma português é o estrangeirismo, cometido quando é empregado um termo em outra língua, mas já existe uma palavra similar em português, por exemplo, “outdoor”, “gentleman” e “lady”.

Um equívoco bastante comum, seja por desconhecimento da forma correta ou para tentar enfatizar uma informação, é o emprego do pleonasmo. Todo mundo já deve ter ouvido a sentença “entra para dentro” (é possível entrar para fora?).

A colisão é uma forma de comunicação que deve ser evitada. Fica entranha ao ser pronunciada ou escrita. Consiste na utilização sequencial da mesma consoante em várias palavras, como em “o rato roeu a roupa do rei de Roma”.

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