Confira hoje 5 motivos para ler a obra “Vadios e Ciganos, Heréticos e Bruxas
– Os Degredados no Brasil-Colônia” do autor Geraldo Pieroni
1.
Linguagem clara e direta que se lê com prazer;
2.
Trabalho específico pioneiro que aborda a pena de banimento de Portugal para o Brasil durante o período colonial;
3.
Pesquisa histórica séria nos diversos arquivos de Portugal e Brasil;
4.
O livro além de desvendar a história dos degredados no Brasil-Colônia desfaz algumas das construções da historiografia sobre os banidos vistos como sinônimo de pessoas marginais e violentas;
5.
Demonstra que as leis são construções inseridas no tempo no qual foram decretadas e funcionavam de acordo com os interesses do Estado e da Igreja.
Confira abaixo o livro disponível em nossa Loja Virtual:
Fruto de um exaustivo trabalho de pesquisa em arquivos, livros raros, enciclopédias, coleções de leis e processos de degredados, o autor traz uma amostra do que foi o seu trabalho de maior fôlego que resultou na sua tese de doutorado. A historiografia do Brasil-Colônia ganha um significativo contributo com esta obra, que fez emergir, para a história brasileira, a categoria silenciada até então – os degredados e sua trajetória. Os Estados Modernos na Europa trouxeram sua força e impuseram sanção àqueles que transgredissem suas normas, e para isso aplicou o controle social, neste caso, pelo Estado Português de forma exemplar, com suas leis sobre o degredo. A modernidade é também a época da construção do mundo Atlântico que presenciou as maiores transferências forçadas de população de africanos e europeus. A chamada “migração forçada” faz parte da história do Atlântico Sul, e o livro trata dos personagens que fizeram essa travessia em direção norte-sul e sul-norte. O estudo dessa entrada específica de população europeia na Colônia veio preencher uma lacuna histórica que permite reconstruir as trajetórias daqueles que atravessaram o Atlântico premidos pelas necessidades fundamentais do estabelecimento da colonização na América do Sul. Com sólida documentação, ao desvelar trajetórias pessoais dos degredados, o autor nos insere nos primórdios da colonização portuguesa no Brasil. Há notícias de degredados desde a expedição de Cabral. E dessa época se fez uma construção, quase mítica, do sofrimento desses primeiros condenados. A terra brasileira, não mais São Tomé, passou a ser o lugar de degredo. Os donatários tiveram que se haver com eles, com horror, ou, mesmo, com intenção utilitária para a funcionalidade da colonização. Neste livro, Geraldo Pieroni vai além de desvendar a história dos degredados no Brasil-Colônia. Ao desfazer algumas das construções da historiografia sobre degredados, como sinônimos de pessoas marginais e violentas, ele nos mostra as nuanças das leis e a lógica da atuação do Estado e da Igreja portugueses nos séculos XVI-XVII.