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O Problema do Populismo

Identidade, polarização, mobilização, poder e autoritarismo. Esses temas das Ciências Sociais são abordados de vários pontos de vista no livro “O Problema do Populismo”. A obra é resultado de uma conferência conjunta apresentada na Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2018, por Jeremiah Morelock e Felipe Ziotti Narita. Os autores auxiliam a compreender e analisar as características principais e a natureza do populismo autoritário.

O conceito mostra-se como uma representação verdadeira ao povo, contra a ideologia do bloco dominante. É influenciado também pelo autoritarismo, expresso por meio do discurso de partidos radicais de direita e por líderes pelo mundo. O tema, às vezes, sugere um tipo de insulto, significando alguma forma de reação e em algumas ocasiões é utilizado em registro positivo. A obra, então, discute os problemas desta representação nas democracias liberais contemporâneas.

O assunto voltou a ganhar destaque após a vitória do Presidente Jair Bolsonaro no Brasil, nas eleições de 2018, com o cenário de quebra de ciclos políticos, giros ideológicos e a recomposição dos partidos. O material traz a reflexão de que a vitória não tenha sido o triunfo eleitoral do populismo de direita ou de extrema direita, mas o retorno do conservadorismo na dinâmica política institucional e na representação social.

Análise aprofundada do tema

A obra analisa os detalhes sobre como as fronteiras entre os partidos da direita radical e da extrema-direita têm se tornado cada vez mais esfumaçada ao longo dos anos. A ascensão do populismo de esquerda, liderado por nomes como Hugo Chávez, Evo Morales e os Kirchner. Por outro lado, como é a atuação de partidos radicais e de extrema direita que concentram boa parte da classe popular a seu lado. Como isso, afeta o nacionalismo tóxico que ataca minorias, como os esquerdistas, os refugiados, os imigrantes e LGBTQs.

O intuito não é fazer referência direta às manifestações populistas de esquerda, mas aos populismos da direita nacionalista e xenófoba, além da diferença essencial entre cada tipo de populismo. São levantados questionamentos, como: Qual a “dialética do populismo”? Quais as diferentes origens da prática política? Até que ponto o populismo ameaça as democracias liberais?

A obra pretende, por meio da combinação da teoria crítica com a análise do discurso, ser útil para o entendimento dos diferentes populismos que emergem pelo mundo. Outro objetivo é oferecer soluções para uma sociedade melhor e mais democrática.

Sobre os autores

Jeremiah Morelock é sociólogo do Boston College (EUA), diretor da Critical Theory Research Network e pesquisador associado do Comitê de Comunicação de Mídia da Seção de Comunicação, Tecnologias da Informação e Sociologia da Mídia da American Sociological Association (ASA). Editor do volume “Critical Theory and Authoritarian Populism” pela University of Westminster Press, 2018.

Felipe Ziotti Narita possui Pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Pesquisador associado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Historiar (CNPq) e do Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Infância, Juventude e Educação da USP. Editor do grupo polonês de ciências sociais “Theoretical Practice”.

Fundada em 2009, é uma editora voltada para a publicação de conteúdos científicos de pesquisadores; conteúdos acadêmicos, como teses, dissertações, grupos de estudo e coletâneas organizadas, além de publicar também conteúdo técnico para dar suporte à atuação de profissionais de diversas áreas.

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