O Brasil é o país mais estressado e ansioso da América Latina, de acordo com uma pesquisa da OMS. Até o final de 2018, 5,8% da população brasileira tem ou já teve depressão. Enquanto isso 9,3% é ou já foi ansioso.
Existem muitas possíveis explicações sobre o que causa o crescente número destes transtornos, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Uma das hipóteses: o alto desenvolvimento dos aparelhos tecnológicos, que promove uma aceleração ainda maior, na velocidade com a qual as pessoas são atingidas por informação de forma constante.
O motivo para isso faz bastante sentido, pelo menos do ponto de vista superficial. Com a instabilidade tão grande pela qual o mundo passa, com tanta mudança em pouquíssimo tempo, é difícil ter uma estabilidade emocional. A agilidade das informações e das mudanças, ocorrem a um ritmo jamais visto na história.
As redes sociais também são um ponto que pode ser bem agravante nesse quadro. Discussões, outrora sem tanta importância, passam a assumir um caráter grandioso, muito maior do que deveriam. Pessoas se “escondem” atrás de personagens, que nada mais são do que máscaras, para viver uma vida online, completamente diferente da forma como elas são no dia a dia realmente.
Esse culto às redes sociais gerou uma cultura de voyeurismo e exibicionismo, em que ver e ser visto não é mais um hobby ou passamento, mas algo a ser ativamente perseguido, e se falhar, algo que também traz extremo desapontamento.
Porém, o quanto esses pontos têm real impacto na psique da população? É isso que “O Fim da Intimidade”, visa responder.
O maior diferencial desta obra é trazer uma visão científica para essa discussão tão pertinente, através de profissionais respeitados e qualificados no ramo, para tentar entender o grau de malefício que a tecnologia, a comunicação e a informação no mundo atual fazem às pessoas.
Sobre o autor
Marcio Roberto Santim da Silva é graduado em Psicologia pela Unimep, com Mestrado em Psicologia Social pela PUC-SP e Doutorado em Psicologia Social também pela PUC-SP. Fez uma pós-graduação em Direito do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes. Atualmente, trabalha como funcionário público federal no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região desde 1994.
Sempre mantendo o interesse em assuntos referentes a psique humana e o mundo contemporâneo, Marcio também atua como pesquisador autônomo, com ênfase no estudo de diversos temas relacionados à Psicologia e à formação do indivíduo, entre eles gestão de pessoas, mídia e subjetividade, estética corporal contemporânea, relações entre trabalho e ócio criativo.
Seus conhecimentos no assunto podem ser vistos em seus outros livros, como “Culto ao Corpo: Expressões do voyeurismo e do exibicionismo na estética contemporânea” e “Psicologia e gestão de pessoas no poder judiciário”. Também foi palestrante sobre diversos temas relacionados à Psicologia, entre eles “Relações entre ócio e trabalho”, “Psicologia e gestão de pessoas”, “Fatores psicológicos relacionados ao culto ao corpo”, “O impacto das novas tecnologias sobre a mente humana”, entre outros. Também é fundador do IAPPF (Instituto Autônomo de Pesquisas Psicológicas).
Além de uma vasta experiência na área da Psicologia e da relação do ser humano com o culto ao corpo e a tecnologia, e a curiosidade de saber as respostas para essas perguntas, Marcio também conta com o conselho editorial de diversos outros profissionais conceituados da área, para tornar a discussão no livro ainda mais rica.