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Érico Veríssimo – um grande nome da nossa literatura

O gaúcho Érico Lopes Veríssimo foi um dos escritores brasileiros mais populares e reconhecidos de todos os tempos, com inúmeros prêmios literários, adaptações para o cinema e televisão e tradução de sua obra para dezenas de línguas ao redor do mundo.

Em comemoração ao mês de seu aniversário, resolvemos trazer o artigo a seguir com um pouco sobre sua vida e sua obra, tão fundamental para decifrar e ao mesmo tempo inventar parte do caráter brasileiro. Confira logo a seguir.

Vida de Érico Veríssimo

Veríssimo nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, no dia 17 de dezembro de 1905. Filho de Abegahy Lopes e Sebastião Veríssimo da Fonseca, o escritor precisou se dedicar ao trabalho logo cedo por conta de uma crise financeira que levou à falência a até então abastada família Veríssimo.

Apesar disso, lia com frequência, devorando clássicos já na infância e pré-adolescência. Nos anos 20, quando se muda para a capital Porto Alegre, passa a estudar no Colégio Interno Protestante Cruzeiro do Sul.

Após o divórcio dos seus pais e a falência de um negócio de família que Érico se tornara societário, o autor decide voltar para a capital e finalmente viver de seus escritos. Em Porto Alegre novamente, passa a trabalhar na Revista do Globo e logo em seguida se torna gerente do departamento editorial da Livraria do Globo.

Além disso, o escritor colaborou em diversos outros jornais como “Correio do Povo” e “Diário de Notícias”, e acabou sendo eleito presidente da Associação Rio-Grandense de Imprensa.

Teve dois filhos, Clarissa e Luís Fernando, com Mafalda Halfen Volpe, com quem se casou no ano de 1931. Com a censura da Era Vargas, muda-se para os EUA para lecionar Literatura e História do Brasil no Mills College, Califórnia. De 1953 a 1956 ocupa o cargo de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana em Washington.

Em 29 de novembro de 1975, em Porto Alegre, Érico Veríssimo morre em Porto Alegre, vítima de infarto.

Obra

Inúmeras são as obras do autor gaúcho que ganharam destaque tanto nacional quanto internacional. Seu primeiro romance foi Clarissa (1933), com 7 mil exemplares vendidos. Logo após Caminhos Cruzados (1935), considerado subversivo pela Igreja Católica e pelo Departamento de Ordem Pública e Social, gerando inclusive uma dor de cabeça para o escritor que teve que prestar depoimento para a polícia a respeito de suas ideias políticas.

Em seguida, lançou dois livros no mesmo ano de 1936: Música ao longe e Um lugar ao sol. Contudo, foi com Olhai os lírios do campo (1938) que Érico viu sua obra alcançar maiores proporções.

Nos anos 40, publica dois livros, Saga (1940) e O resto é silêncio (1943), e começa a escrever a sua obra-prima O tempo e o vento, dividida em 3 partes. A primeira parte, chamada O continente, foi publicada em 1949, a segunda parte, O retrato, em 1951, e a última parte, O arquipélago, só em 1962, depois de uma década de tentativas infrutíferas para terminar a saga de Santa Fé.

Em 1965 publica O Senhor embaixador, o que lhe confere o prêmio Jabuti pelo romance. Por fim, em 1971 Érico publica o seu último romance, Incidente em Antares, adaptado para a televisão em uma minissérie dirigida por Paulo José.

Aliás, inúmeras foram as adaptações da obra de Érico Veríssimo para as telas, as principais são: “Mirad los lirios del campo”, Argentina (1947), “O sobrado” (1956), “Um certo capitão Rodrigo” (1970), “Ana Terra” (1971) “Noite” (1985), “O Tempo e o Vento” (2013).

Na Paco Editorial também encontramos um livro sobre essa importante figura brasileira:

A ficção literária, a historia e o jornalismo guardam diferenças entre si porque observam o real e o fictício a partir de distintas perspectivas. A primeira ampara-se na imaginação, a segunda nas fontes documentais, já o terceiro na apuração dos fatos. Todos, porem, narram uma historia da maneira como ela poderia ter acontecido. Em O tempo e o vento, Erico Verissimo narra a saga de uma família cujos destinos dialogam com a historia da formação do Rio Grande do Sul. Durante o processo de criação da obra, noticias de jornais e revistas ajudaram a autenticar a “verdade da ficção”. Este estudo mostra que as relações entre ficção, historia e jornalismo reconfiguram-se para dar origem a um dos romances brasileiros mais importantes do século XX.

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