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Bibliotecas da Uepa são espaços importantes para a formação acadêmica

Outubro é um mês relevante para a educação brasileira. Nele, celebra-se o Dia Nacional da Leitura, o Dia do Professor e o Dia Nacional do Livro, comemorado neste domingo, 29. A data homenageia o dia de fundação da primeira biblioteca pública do Brasil, em 1810: a Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro. Relatos indicam que o acervo da biblioteca chegou ao país em 1808, incluindo livros, mapas, estampas, papiros, moedas e medalhas. Atualmente, a Biblioteca Nacional do Brasil é considerada uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e também é a maior da América Latina. 

Ao longo do tempo, as bibliotecas têm passado por diversas transformações, porém, elas se mantêm como espaços importantes para acesso ao conhecimento, disponibilizado à comunidade por meio dos mais diversos tipos de livros e documentos que constituem seu acervo. No contexto universitário, as bibliotecas se tornam ainda mais essenciais para a formação dos alunos, ao ampliarem as experiências de ensino e aprendizagem.

Com a missão de promover e garantir para a comunidade acadêmica o acesso à informação por meio da aquisição, atualização, compartilhamento e distribuição do acervo informacional, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) dispõe de um Sistema de Bibliotecas (SIBI/Uepa) que contempla atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. A Biblioteca Central coordena tecnicamente 20 bibliotecas que compõem o SIBI/Uepa: cinco em Belém e 15 nos campi do interior, com previsão de inauguração de duas novas bibliotecas setoriais nos campi XXII e XXIII, Ananindeua e Parauapebas, respectivamente, que tiveram suas atividades iniciadas neste semestre. 

“É válido ressaltar que a Biblioteca Central se caracteriza por um sistema descentralizado e que as Bibliotecas Setoriais são responsáveis pelos acervos bibliográficos e pelo atendimento aos usuários”, afirma a bibliotecária e diretora da Biblioteca Central da Uepa, Rita Almeida.

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Acervo – Dados computados entre 2000 e 2022 obtidos por meio do Sistema Pergamum – que possibilita a informatização e realiza o gerenciamento dos serviços técnicos e da rede de Bibliotecas da Uepa – indicam que o acervo geral do SIBI/Uepa possui 100.555 títulos e 242.856 exemplares. Segundo o Relatório de Gestão da Universidade, em 2022, foram realizados 10.779 empréstimos e 10.727 devoluções no Sistema. O acervo é composto por livros, periódicos, folhetos, atlas, dicionários, CDs, TCCs, monografias, partituras, materiais em braile etc.

“O acervo das Bibliotecas da Uepa contém todo tipo de material informativo, que serve de apoio aos programas de ensino, pesquisa e extensão da instituição, independente de suporte físico, concentrados nas bibliotecas setoriais, de acordo com a especificidade das mesmas”, diz Rita Ameida, que atua há 15 anos na Universidade. 

Além de contar com o serviço de bibliotecas físicas, a Uepa disponibiliza para a comunidade acadêmica, desde janeiro de 2022, o acesso à plataforma “Minha Biblioteca”. Por meio dela são ofertados mais de 10 mil títulos de variadas áreas do conhecimento, tais como: Ciências Jurídicas, Ciências Pedagógicas, Ciências Exatas, Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Letras, Artes, Medicina e Odontologia. Os livros podem ser pesquisados diretamente na plataforma, através de link inserido no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). Em seguida, basta realizar a autenticação com login e senha.

Para proporcionar que pesquisadores de diversas áreas depositem suas produções científicas, garantindo a preservação e o acesso público às informações, a Uepa também está desenvolvendo um Repositório Institucional, que tem como missão coletar, reunir, armazenar, preservar e promover o acesso aberto da produção científica da Universidade. Previsto para ser lançado em fevereiro de 2024, o repositório é uma iniciativa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp) e está sendo implantado na Editora da Uepa (Eduepa). 

Serão estruturadas três bases de dados: Portal do Livro Aberto, Portal da Pós-Graduação e Biblioteca Digital de TCC, realizadas em parceria entre a Propesp, Eduepa e Diretoria de Serviços de Processamento de Dados (DSPD). “A democratização do acesso à informação é essencial para a construção de uma sociedade mais educada e engajada no processo científico. Portanto, a existência de um repositório institucional se faz indispensável na busca pela excelência acadêmica e na promoção do progresso científico”, destaca Nilson Bezerra, coordenador da Eduepa.

Papel Primordial – O reitor da Uepa, professor Clay Chagas, enfatiza a importância dos discentes frequentarem as bibliotecas da instituição, pois a prática da leitura interfere diretamente na formação acadêmica. “Não existe nenhuma possibilidade de bons profissionais e bons cidadãos serem formados sem, necessariamente, passarem pela leitura de livros e materiais. Isso é algo sine qua non para uma boa formação. Físico ou digital, o livro traz o que há de essencial no sentido das teorias e dos conceitos, que geram a nossa lente de enxergar o mundo a partir da nossa formação. Então, como conselho, eu diria para os nossos alunos: frequentem mais os espaços das nossas bibliotecas físicas e virtuais”, afirma.

A recomendação do gestor é seguida pela estudante do quarto ano do curso de Licenciatura em Letras – Língua Inglesa da Uepa, Yasmin Teixeira. Ela costuma ir à Biblioteca do Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) diariamente para estudar e fazer trabalhos de disciplinas. 

“Tem sido muito importante usufruir da biblioteca ao longo da graduação, devido ao espaço físico em si, pois é um ambiente propício para estudar, porque é calmo. Aqui também temos acesso a materiais do curso de forma gratuita, por meio dos empréstimos, que permitem a expansão do nosso conhecimento. É notória a importância da biblioteca para alunos de todos os cursos”, ressalta.

Os livros de linguística são os que Yasmin mais efetua empréstimo na biblioteca. Para ela, a leitura é um hobby que proporciona benefícios como relaxamento e redução do estresse, além de contribuir para ampliar o vocabulário. “No meu caso, que sou estudante falante em inglês, ajuda também a ter uma melhor fluência no idioma e auxilia na concentração, pois hoje nós ficamos muito dispersos no celular e não conseguimos nos concentrar”, analisa.

Paixão pela Leitura – Para a discente do terceiro ano do curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa da Uepa, Letícia Genú, a biblioteca universitária é um excelente espaço para estudar e consultar livros, e representa “um ganho para a comunidade acadêmica”. “Há livros necessários na graduação que não conseguimos encontrar na internet. Recentemente, por exemplo, eu precisava de uma Gramática para um trabalho de linguística, e a obra não é mais produzida, vendida e nem existe na versão digital. Eu só encontrei essa Gramática aqui na biblioteca”. 

A aluna se define como uma “leitora voraz”. Somente neste ano, ela já leu 97 obras. A leitura acompanha a discente desde a infância, período em que sua mãe a incentivou a desenvolver o hábito. A paixão pelos livros levou Letícia a criar a conta no Instagram @mundodoeraumavez, que existe há sete anos.  

“Criei o perfil justamente devido à minha paixão pela leitura e para divulgar os livros, para conversar com outras pessoas a respeito. Por ter essa paixão, eu defendo totalmente os livros e o quanto é um benefício ter o hábito de ler, não só por questões intelectuais, mas até mesmo para a saúde mental. Quando você está lendo, você se conecta com o livro e acaba esquecendo dos problemas e dificuldades da vida real”, relata.

Letícia e colegas de curso também criaram o grupo de leitura “Odisseia Literária”, para estimular a leitura clássica e contemporânea. São promovidos debates e disponibilizados livros para os participantes. As estudantes estão no processo de institucionalização do grupo, para transformá-lo em um projeto de extensão da Uepa. 

A coordenadora da Biblioteca do CCSE, Regina Ribeiro, também é uma leitora assídua. Há sempre um livro envolvido em sua rotina de trabalho. Atuando há 25 anos na Uepa, ela gerencia o acervo da biblioteca e é responsável por todo o processo de preparo dos livros, desde quando chegam ao espaço até o momento em que são disponibilizados para empréstimo e consulta dos usuários. “O livro é a minha principal ferramenta de trabalho, seja ele físico ou virtual”, afirma. 

A bibliotecária conta que o livro é seu companheiro não somente na profissão, como na vida pessoal. “A leitura é a minha paixão. Como a minha mãe é professora, me estimulou a ler e eu sempre gostei muito, consumindo todos os tipos de livros. A leitura é tudo para mim”, conclui.

Fonte: Agência Para

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