
Resumo da Obra:
A escrita da história da literatura brasileira remonta aos repertórios biobibliográficos compostos por notícias sobre autores e livros colecionadas sob a forma de verbetes dispostos em ordem alfabética. Roberto Acízelo de Souza (2018, p. 29) destaca que, “nesse gênero, possuímos a Biblioteca lusitana, monumento barroco em quatro volumes, publicados em Lisboa, de 1741 a 1759, de autoria do abade Diogo Barbosa Machado (1682-1772), no qual se contam diversos verbetes dedicados a autores nascidos no Brasil”. Entretanto, ainda que se possa remontar a historiografia da literatura brasileira ao século XVIII nesses moldes, será no século XIX que a história literária brasileira ganhará sua forma narrativa e se estabelecerá como uma disciplina consolidada como se pode ler, sobretudo, na História da Literatura Brasileira (1888), de Silvio Romero. Em sua forma narrativa, a escrita da história literária nacional ganhará diversas versões já assentadas na crítica brasileira, entre as quais se destacam: História da literatura brasileira (1954), de Antônio Soares Amora; A literatura no Brasil (1955-1959), dirigida por Afrânio Coutinho; Formação da literatura brasileira ((1959), de Antonio Candido; A literatura brasileira, coleção da editora Cultrix que contou com diversos autores, como José Aderaldo Castello, Antônio Soares Amora, dentre outros; História concisa da literatura brasileira (1970), de Alfredo Bosi; De Anchieta a Euclides (1977), de José Guilherme Merquior; História da Literatura Brasileira (1983-1989), de Massaud Moisés; A literatura brasileira: origens e unidade (1999), de José Aderaldo Castello; e História da literatura brasileira (2007), de Carlos Nejar.
Se, por um lado, pode-se, hoje, em face aos mais variados dispositivos teórico-críticos, colocar em dúvida o esforço comum dessas histórias da literatura nacional brasileira na busca de um caráter de unidade para a nossa produção, por outro lado, percebemos que o impacto dessas propostas revisitadoras (e não revisionistas) aliado a uma incerteza crítica, decorrente do “calor do momento” das produções de nosso tempo, parecem ter arrefecido os esforços de produção de uma escrita da história da literatura brasileira contemporânea que ecoe, sem reproduzir acriticamente, os modelos historiográficos do século XX, sobretudo com obras tecidas no afã de subsidiarem o ensino, como no caso de manuais aos moldes de A literatura brasileira através dos textos (2012, 29ª ed. rev. e ampl.).
É no bojo dessa reflexão que se insere a proposta desta coleção Por uma história da literatura brasileira contemporânea, que visa reunir, ao modo de uma cartografia não exaustiva da produção literária brasileira, um panorama dos autores, temas e estilos das obras produzidas a partir de 1975.
Enquanto o Volume 1 congregou os mais diversos gêneros literários dentro do recorte temporal proposto, os próximos volumes (2 e 3) serão dedicados aos gêneros literários da tradição, que podem ser lidos, inclusive, de forma crítica em razão das hibridações, por vezes muito tensas, dos textos contemporâneos. Entretanto, optou-se por esta divisão de volumes em razão da necessidade de oportunizar um melhor delineamento do volume, cujos manuscritos passarão por avaliação após submetidos nos prazos propostos pela Paco Editorial.
Ao submeter sua proposta, o(s) autor(es) deve(m) ter em seu horizonte que, embora a obra dedique-se aos pares (crítica literária nos mais diversos contextos, sobretudo da pesquisa de pós-graduação), os textos devem orientar-se também em razão do objetivo de apresentar autor e obra, a fim que um maior público leitor possa ser atingido, sem deixar de levar em conta que, além disso, é requerido que o capítulo, sob a perspectiva teórico-analítica a critério de seus autores, é claro, leve em conta uma preocupação com a materialidade linguístico/formal/expressiva dos textos que forem objeto de análise, como requisito básico para a avaliação de seus manuscritos.
Áreas de pesquisa relacionadas ao tema proposto:
Literatura Brasileira;
Teoria Literária;
Ensino de Literatura;
Crítica literária;
História;
Educação;
Ensino.
Organizadores:
Wellington Furtado Ramos
(Lattes)
Fhilipe Germano Rigamonte
(Lattes)
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