Com a reconstrução do arcabouço do Estado, o qual tem sido esvaziado desde 2015, o tema Políticas Públicas e Desenvolvimento tem ganhado projeção no discurso dos órgãos de governo e nas ações desenvolvidas territorialmente pelas diversas regiões do Brasil. Mesmo sem ter saído eminentemente das pautas, compreendamos que esse tema não tem ganhado a relevância necessária nos últimos dez anos, a não ser em poucas ações desenvolvidas no âmbito nacional, forçadas pela crise sanitária – Covd-19 e pretensa recuperação da economia no ano eleitoral de 2022, através do auxilia Brasil, engordado.
É nessa conjuntura que nos últimos dois anos, os debates sobre políticas públicas e desenvolvimento sustentável tem ocupado bancos das universidades, pautas da impressa e reorganização dos órgãos públicos de financiamento como BANDES, CAIXA, bem como instituições jurisdicionadas pelos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Minas e Energia, Cidades, Direitos Humanos e Educação. No bojo do discurso (re)construcionista, mesmo com o avanço sobre gastos públicos, observa-se que a busca pela retomado do crescimento econômico não deixa de estar atrelada às dimensões do desenvolvimento.
Sabendo-se que o Brasil continua sendo grande exportador de comodities, possui grande potencial energético e tem agregado tecnologia em vários setores, compete aos estudiosos continuarem a produzir pesquisas, ciência e ações intervencionistas, tanto na área governamental, nos aportes de capital e na melhoria da vida social, principalmente nas regiões pobres, habitadas pelas populações de menor renda. Assim, o tema público e desenvolvimento abarca um leque de interesses que vão desde a possibilidade de investimentos privados, organização e representatividade dos poderes de Estado e a participação das sociedades na promoção da riqueza e do bem estar social.