Confira abaixo os lançamentos de Junho da Paco Editorial, com títulos de diversas áreas.
Analisar medidas emergenciais da administração pública, em contextos de crises, oferece um vasto campo de abordagens fundamentais para a sociedade, já que nos permite, por exemplo, aprender com experiências que podem se assemelhar em algumas situações ou mesmo avaliar aspectos positivos e negativos da condução das crises por gestores públicos. Prezando, dessa forma, pela inviolabilidade dos direitos, pelos princípios da administração pública e pela sustentabilidade, esta coletânea procura refietir sobre a gestão de crises na administração pública, abordando suas formulações teóricas e suas aplicações práticas. Por se tratar de um campo de estudo ainda em desenvolvimento no Brasil, a obra, em seu resultado, é também um esforço para a elaboração de um arcabouço teórico que possa subsidiar o desenvolvimento dos debates. São apresentados trabalhos que analisam as possibilidades da gestão de crises e as práxis a partir de experiências, mais ou menos eficazes, para propor abordagens que possam surtir mais efeitos em conjunturas de crises. Em suma, o livro que se apresenta transita entre macro e microabordagens de gestão de crises na administração pública.
Este livro reúne textos sobre o tema dos gêneros narrativos como chave de memória para a compreensão da relação entre o leitor/espectador, o texto escrito ou audiovisual e o autor/produtor, formando uma espécie de pacto de leitura, cujas convenções permitem, além disso, a produção em série, característica da cultura moderna. Nesse percurso, o melodrama emerge como a memória narrativa, por excelência, matriz cultural que estrutura produções modernas, permanecendo e mudando, ao fundir-se com outros gêneros, e dar origem a uma série de produções literárias e audiovisuais. Sua atualidade é impressionante. No momento em que esses textos são reunidos, a rede TNT lança o canal por assinatura TNT Novelas, voltado exclusivamente à exibição desse formato durante 24 horas; o Canal Viva, pertencente à Globo, reexibe quatro telenovelas no horário vespertino e abre espaço para as novelas mexicanas; a Globoplay disponibiliza, por pagamento mensal, parcela cada vez maior do seu acervo ficcional. Também é possível assistir a novelas mexicanas, indianas etc, nos canais do YouTube. O triunfo do melodrama reside justamente na sua capacidade de se adaptar. As tradições só permanecem na mudança.
Em 2022, no Programa de Pós-graduação em Literatura da Universidade de Brasília (Póslit/UnB), o professor Sidney Barbosa ministrou a disciplina Teoria da Narrativa a estudantes que se interessam pela arte da palavra e seus procedimentos. O engajamento dos alunos (mestrandos e doutorandos) resultou em uma série de apresentações sobre romances distintos, o que tornou possível a criação deste material. A estrutura dos textos deste livro segue um estilo diferente do comumente encontrado em trabalhos de teoria literária. A intenção é que o leitor se sinta em uma sala de aula, participando de uma conversa por vezes informal, porém informativa, sobre os vários caminhos que a narrativa pode traçar. Este é um livro de ensaios, escrito por pesquisadores das mais diferentes literaturas. Aqui, serão encontradas produções que irão do amor à es tética literária ao grotesco como elemento estético. A pluralidade da sala de aula proporcionou reflexões inéditas ao s alunos da UnB, e agora é o momento de compartilhá-las.
Em Os veios profundos de Mariana, sente-se, página por página, a falta de um convidado, ou melhor, de um ilustre desconhecido cujo nome, no entanto, é citado em toda parte, para ser ora cortejado, ora exorcizado. Quando são comparadas as inúmeras imagens e fotos dispostas pelo trabalho, quando se percebe a virulência das transformações ocorridas na herdeira da antiga Vila do Carmo durante o século XX, saliva na boca o gosto amargo da pergunta que quer saber se tudo ou algo poderia ter sido diferente. E a resposta, então, aparece pichada nos muros da cidade sob a forma de um novo convite dirigido a esse ilustre desconhecido, o qual talvez pudéssemos chamar de democracia radical – ou simplesmente de democracia -, pois nomeá-la na força de sua singularidade afasta o pastiche oligárquico que a tem controlado desde sempre no Brasil. A cidade de Mariana é um dos diversos exemplos de como a tradição autoritária gestada desde o período colonial, e da qual muitos se orgulham, sejam ou não marqueses, encharca os espaços materiais e simbólicos e crava neles sua marca.
Em uma conjuntura de tempos fraturados, a educação pode servir como um elo entre a democracia e o espírito republicano. Diante disso, o livro de Renata Bastos da Silva é um caminho luminoso para educadores e o público em geral. A partir da feliz união entre teoria e prática, a autora desfia uma gama de possibilidades que partem da realidade de jovens da rede pública de ensino com uma abordagem do professor em sala de aula, por meio de uma intervenção de um intelectual no espaço público. Dessa forma, a história comparada de como EUA e Brasil, por Lincoln e Princesa Isabel, respectivamente, enfrentaram o espinhoso tema da escravidão com semelhanças e diferenças, é um caminho metodológico de uma práxis criativa que nos leva de Fernand Braudel a Carlo Ginzburg, de Edward Said à saga Crepúsculo em um processo de “aprender-fazer” dialético e dialógico, diverso de certos manuais pedagógicos acadêmicos porque tem o frescor da vivência do mundo das coisas reais.
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