Emoções na Idade Média? Sim, isso é história — e das boas.
O que levava alguém a chorar em público no século XII? Como se escrevia sobre o amor, o medo ou a raiva num mundo guiado pela fé e pela espada? E por que importa estudar isso hoje?
A Idade Média não foi um tempo “sem sentimentos”. Pelo contrário: os afetos moldavam relações sociais, justificavam o poder e regulavam o comportamento de comunidades inteiras. Das cartas entre religiosos aos tratados filosóficos, da literatura trovadoresca à política régia, as emoções eram formas de viver, narrar e governar o mundo.
O livro “O Estudo das Emoções Medievais no Brasil: Historiografias, Filosofias e Literaturas” revela modos históricos de sentir. Mostra que o amor, o luto, a vergonha ou a ira não são universais — mas construídos, ensinados, performados. E é exatamente aí que o ofício do historiador se encontra com a sensibilidade do nosso tempo.
Se você estuda História e ainda não parou pra pensar nas emoções como objeto historiográfico, talvez seja hora de se emocionar com o passado de outro jeito.
(A obra coordenada pelos professores Gabriel Castanho (UFRJ) e Ana Paula Lopes Pereira (UERJ), conta com artigos de mais de uma dezena de pesquisadores oriundos de algumas das mais importantes universidades nacionais.)
Confira abaixo o livro disponível em nossa Loja Virtual:

A partir de três eixos analíticos centrais – historiografia, filosofia e literatura –, a obra busca discutir a manifestação e o papel das emoções no mundo medieval e também apresentar o desenvolvimento de estudos sobre o tema no Brasil.