A visualização das células e o estudo da citologia são fundamentais para o avanço da ciência biológica. Nesse contexto, um grupo de acadêmicas do curso de Ciências Biológicas do Programa de Formação de Professores Caminhos do Sertão, da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), na Unidade Avançada de Itinga do Maranhão, desenvolveu um microscópio alternativo inovador.
O projeto tem como objetivo principal aprimorar a metodologia do ensino da microbiologia em escolas do ensino médio da região, por meio da utilização de materiais de baixo custo e é orientado pela professora Sheila Elke Araújo Nunes. A professora conta que trabalhou a disciplina de Biologia celular na turma e percebeu o interesse e as dificuldades de compreensão do assunto.
“Eles relataram a dificuldade de conhecer esse mundo microscópico pois não tiveram essa experiência ainda na época do ensino médio. Ao retornar para Imperatriz, estava aberto o edital para Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), daí veio a ideia de construir um projeto que pudesse ser submetido ao edital e trouxesse como objetivo a contribuição na melhora das condições do ensino da biologia celular em escolas. Fomos contemplados com uma bolsa Fapema/UEMASUL e também contamos com duas voluntárias”, relata.
O microscópio alternativo representa uma solução criativa e acessível para a falta de equipamentos adequados em escolas. Com base em conhecimentos adquiridos durante a disciplina e orientação, as estudantes reproduziram um dispositivo utilizando apenas uma lanterna, e uma base feita de MDF e vidro, que com a ajuda de qualquer celular com câmera é capaz de ampliar a visão dos estudantes e aprofundar seu entendimento sobre o mundo microscópico.
A acadêmica Juliana Silva, bolsista do projeto, fala sobre a importância em levar a solução de problemas para sua cidade. “Nosso objetivo é mostrar uma nova maneira do aluno visualizar esse ambiente laboratorial, levando em consideração o contexto em que ele está inserido. Essa é uma cidade do interior, então utilizamos materiais que são de fácil acesso na nossa cidade, como MDF, acrílico, lentes de DVD… e assim visualizamos as células como células da mucosa bucal e da epiderme da cebola”, explica.
A importância da iniciativa vai além do aprendizado das próprias acadêmicas. O objetivo é proporcionar aos estudantes do ensino médio a oportunidade de explorar a biologia celular de forma mais prática e interativa. Essa abordagem alternativa tem o potencial de despertar o interesse dos jovens pela ciência, além de contribuir para uma compreensão mais profunda dos processos biológicos.
Além de utilizar materiais de baixo custo, o microscópio alternativo também é facilmente replicável, o que permite que mais escolas tenham acesso a essa tecnologia educacional e evidencia a importância da criatividade e do pensamento inovador no campo da educação. Por meio de projetos como esse é possível superar limitações financeiras e promover um ensino de qualidade, proporcionando aos alunos a oportunidade de explorar e compreender o fascinante mundo das células e da citologia.
Fonte: Governo do Maranhão
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